quase meio-dia, cheguei na estação do
metrô. reconheci uma mulher que estava ali perto. ela havia sido minha professora de português mais ou menos na sétima ou oitava série. nos
cumprimentamos, felizes. ambas lembrávamos de nomes, cenas, colegas e aspirações da época. o diálogo de uma estação me deixou com um sorriso discreto e pensativo por todas as demais, até a luz. estava quase passando pela
catraca quando um rapaz gritou meu nome. olhei pro lado, e lá estava ele: um colega da escola que eu não via há pelo menos oito anos. nos
cumprimentamos, felizes. ambos lembrávamos de nomes, cenas, colegas e aspirações da época. aquele sorriso aumentou.
na aula de piano, as aspirações de uma outra época tomaram corpo e som e alma. diálogos infindos sobre ele, o som, e sobre a alma, a filosofia, seres humanos, seres sobre-humanos e deus.
mais tarde, alunos aplicados - uns mais, outros menos. um dia sem faltas, cheio de notas. boas notas.
à luz da cheia lua, um show de voz e sentimento. musicalidade pura.
depois da meia-noite, um abraço apertado no tão-amado aniversariante da vez.
é bom demais terminar o dia assim, com um sorriso só não maior por falta de espaço.