a vontade de escrever era diária. hoje me disponho a expor qualquer-coisa muito de vez em quando e, nessas vezes poucas, mais apago do que publico. penso que algumas outras
atividades ganharam
status-vital, enquanto esta, quase-tão
aconchegante quanto meu silêncio, porém mais frágil, tem-se-perdido no nada. naquela fase de me perguntar os porquês, lembro da ansiedade. dos movimentos longos, dos mais curtos, da tensão. não sei, de verdade, se ela está escondida aqui, talvez
dopada por um tempo, aguardando lá no fundo seu momento triunfal de acordar. deve estar domada por uma calma ainda crua. ainda sem pêlos e sem todos os dentes. como ela tem algum poder, também não entendo. não entendo muitas coisas e ainda me sinto triste por isso. mais uma prova da imaturidade. quando eu sentir, mas sentir mesmo, lá no fundo, que não é possível saber tudo, este será o dia da construção do busto da minha paz. será branco. e eu vou morar dentro dele pra sempre, no alto da montanha mais alta do mundo, onde não é possível respirar o que respiro hoje, mas só o que tem lá em cima.